Os parceiros do Grupo Operacional (GO) Vespa Velutina reuniram-se a 29 de outubro, na Quinta da Boavista, em Resende, com uma ordem de trabalhos a incidir sobretudo na atualização dos resultados da atividade “marcação de vespas” e na atividade “díodo na vespa”.
Os trabalhos iniciaram com um ponto de situação da presença de vespa, assente numa quebra acentuada das visitas da mesma aos apiários nas semanas antecedentes à reunião, apesar de ainda existir uma quantidade significativa na margem norte do Douro. Num apiário, em que foram colocadas arpas, a vespa parece não ter impacto relevante na atividade das abelhas mas, em outros dois, houve perda de colónias.
Concluiu-se ainda que se as condições meteorológicas se mantiverem desfavoráveis à vespa, a época de predação significativa pode ter terminado, impondo-se uma supervisão aos apiários e uma assistência assídua às colónias que possam estar mais debilitadas. Em breve deverá também proceder-se à recolha dos equipamentos como arpas e painéis solares e a retirada de armadilhas que, com as chuvas frequentes, possam tornar-se perigosas para as próprias abelhas e outros insetos inofensivos.
Quanto a resultados da “marcação de vespas” anteriormente realizada, todas as vespas pintadas na atividade desapareceram por completo à terceira semana e não houve o reporte de aparição de vespas pintadas por parte apicultores vizinhos. Conta-se que ainda se proceda à marcação de mais algumas vespas.
Relativamente à atividade “díodo na vespa”, previa-se a colocação de mais díodos no dorso das vespas para que, posteriormente, se possa conhecer as rotas das mesmas mas, à chegada ao apiário, constatou-se que a presença de vespa era mínima, o que dificultou os trabalhos. Foi colocado um díodo com sucesso, no entanto, em consequência das temperaturas relativamente baixas e alguma fadiga, a vespa não conseguiu levantar voo. Ainda assim, o radar detetou/registou essa vespa, por intermédio do díodo, e foi possível seguir o seu movimento/transporte na área circundante, tendo ficado a dúvida se seria possível monitorizar a sua deslocação em voo normal ou deteção no seu local de pernoita. Ficou identificada a necessidade de reunir condições mais favoráveis para se testar melhor este sistema, fora do ambiente otimizado.
Com esta reunião, percebeu-se que há muito por descobrir relativamente ao comportamento da vespa, e que atividades como a marcação de vespas ou colocação de díodos podem melhorar muito a aprendizagem, colocando, talvez, em causa algumas «certezas» existentes.
A próxima reunião de parceiros ficou agendada para 19 de novembro.
Novembro 12, 2020