No cumprimento de mais uma reunião mensal, os parceiros do Grupo Operacional Vespa velutina concluíram a eficácia das armadilhas no combate à vespa predadora, uma vez que quem armadilhou eficientemente nas épocas certas (fase da vespa fundadora), praticamente não sofreu um ataque significativo na época crítica, que habitualmente ocorre entre julho e outubro.
Por representar um alívio na fase de predação, armadilhar é entendido como a melhor opção de combate e, por isso mesmo, recomenda-se a adoção dessa estratégia em 2021, com a colocação das primeiras armadilhas em fevereiro, mês em que os registos históricos comprovam que podem surgir as primeiras fundadoras, nesta fase junto da vegetação arbustiva com flor.
Outra das conclusões retiradas da reunião, conseguida após observação recente de vespas nas árvores/vegetação com flor, é que em novembro e dezembro as vespas recolhem pólen lado a lado com as abelhas, sem conflituar, pelo que apostar em plantas com floração tardia pode ser um bom método para auxiliar as abelhas a repor parcialmente o stock de alimento tão necessário durante a fase de inverno, não sendo pouco frequente ocorrer a perda de colónias neste período, devido a todos os constrangimentos causados anteriormente pela vespa.
A atividade “díodo na vespa” e funcionamento do radar foram alvo de balanço, entendendo os parceiros que se revelou pouco eficaz, na medida em que foi pouco repetida e se verificaram dificuldades acrescidas na colocação do díodo, além de escassez de vespa no apiário, depois do mês de setembro. Tendo em conta as complicações sentidas nas atividades realizadas, foi delineada uma nova tática a implementar em experiências futuras, com divisão em duas fases. Entende-se também que a atividade deve ocorrer nos meses mais quentes do ano, pois verificou-se que com temperaturas menores a vespa perde capacidade de voo, com o peso adicional do díodo.
Dezembro 29, 2020