Projecto

Identificada a existência da espécie invasora e a sua ação negativa na produção de mel, de produtos apícolas e na importantíssima manutenção do ecossistema e do meio ambiente, vem verificando-se a perda de alguns enxames e produtos da colmeia, bem como a desistência de atividade de alguns apicultores. O desenvolvimento de estratégias, como seja a transumância de colmeias, que limitem e condicionem o acesso desta espécie invasora aos apiários, permitirá constituir um mecanismo de retorno à situação anterior caracterizada pelo seu equilíbrio.

quando as abelhas desaparecerem da face da Terra, o homem tem apenas quatro anos de vida

Albert Einstein

Colóquio “Combate à Vespa Velutina”

Notícias

Na imagem presente neste artigo podemos observar a evolução da construção de um ninho primário realizada por uma fundadora de Vespa velutina nigrithorax. Entre o final do inverno e o inicio da primavera a vespa fundadora fecundada emerge do lugar onde estava “oculta” realizando a sua diapausa (dormência), escolhendo o lugar mais propício para a...

A montagem de armadilhas é um dos métodos mais eficazes para evitar a proliferação da vespa asiática, sendo por isso uma ação imperativa nos dois períodos de captura: de fevereiro a julho, capturar as fundadoras que saem da hibernação, impedindo a criação de mais ninhos, e de agosto a dezembro, capturar as obreiras predadoras que...

Nos dias 15 e 16 de março de 2021 a Dolmen (Cooperativa de Desenvolvimento Local e Regional) e a Ader-Sousa (Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa) promoveram duas ações de sensibilização, em formato webinar, que tiveram como objetivo a apresentação dos resultados intercalares do projeto Grupo Operacional – Vespa velutina e a sensibilização...

Durante o ano transato, mais precisamente de 1 de maio e 31 de dezembro, a Câmara de Marco de Canaveses sinalizou 443 ninhos de Vespa velutina, divulgou o próprio município. Alpendurada, Várzea e Torrão foi a freguesia onde se registou o maior número de ninhos, com 54 situações. Segundo a mesma fonte, de 2018 até...

As abelhas podem ter um truque para afastar ‘vespas gigantes’. É a conclusão retirada de experiências observacionais feitas em três apiários no Vietname e que foram recentemente divulgadas através de um estudo publicado na revista PLOS ONE. Apesar do cenário remeter para um território asiático, com abelhas indígenas (Apis cerana) contra vespas distintas (Vespa soror),...

A urgência na instalação de armadilhas foi identificada na última reunião mensal dos parceiros do Grupo Operacional (GO) Vespa Velutina, a qual serviu para se fazer um balanço geral do ano 2020 e global do GO, bem como para planear as restantes atividades associadas ao projeto. É entre março e a abril que as vespas...

Objectivos

Reposição do ecossistema
Reposição do ecossistema anterior à introdução involuntária da Vespa Velutina, que coloca em causa a produção de mel e produtos apícolas, com recurso a novas técnicas a desenvolver em contexto de investigação científica e académica.
Desenvolver a apicultura
Recuperar o interesse da atividade por novos apicultores, potenciando a tão necessária criação de postos de trabalho, nomeadamente entre os jovens, no meio rural e em especial em zonas de montanha, com todas as vantagens em que tal se traduz.
Produtividade dos pomares
Garantir a produtividade dos pomares e o ecossistema vegetal, tão dependentes das nossas benéficas abelhas, é também um objetivo nobre deste projeto-piloto.
Identificação e destruição de ninhos
Colaborar com as entidades oficiais, em especial na identificação e acompanhamento da destruição dos ninhos.
Monitorização do movimento da vespa
Desenvolver uma metodologia de captura, viva e sem danos físicos, de exemplares de Vespa velutina, colocação de um microchip e monitorização do movimento da vespa desde o local de captura até ao ninho.
Instalação de apiários
Desenvolver uma metodologia de identificação de locais com baixa probabilidade de ocorrência da vespa e, por esse motivo, adequados à instalação de apiários.

Resultados

SIG atualizado

Manter o SIG atualizado e continuar a monitorizar a dispersão espacial da Vespa. Identificar e cartografar as rotas seguidas pela vespa. Localizar os ninhos e estudar os mecanismos de dispersão espacial das vespas bem como as condições ambientais que favorecem essa dispersão.

Instalação de apiários

Desenvolver e aperfeiçoar os modelos de otimização a usar na identificação de locais adequados à instalação de apiários em regime de transumância que maximizem as condições adequadas às abelhas e minimizem o perigo da Vespa Velutina se instalar.

Reduzir a praga

Reduzir a praga a níveis aceitáveis e que não comprometam a sobrevivência e viabilidade da colmeia/apiário, sendo que se torna imperioso impedir o crescimento ou intensificação e concentração da vespa. Num esforço concertado entre todos as associações apícolas.

Manual de boas práticas

Elaboração e construção de um manual de boas práticas que possa ser usado para a sensibilização da população em geral para a identificação da Vespa Velutina e comunicação às entidades competentes de eventuais ninhos localizados.

Capacitação dos apicultores

Capacitar os apicultores para a construção de armadilhas seletivas e iscos apropriados para mitigar a predação da vespa nos apiários. Contribuindo para a mitigação deste problema e contribuindo para o desenvolvimento do sector apícola.

Potenciais destinatários dos resultados esperados

Os potenciais beneficiários são em primeiro lugar os apicultores na medida em que se evitará perdas de produtividade e de efetivo apícola, em segundo lugar melhoria do equilíbrio do ecossistema uma vez qua a abelha tem um papel importante na polinização das espécies vegetais espontâneas e é um elemento da cadeia trófica de vários animais, designadamente de pássaros, anfíbios, aracnídeos, etc.

Também as associações com relacionamento à atividade apícola melhoram os conhecimentos e práticas que visam a proteção da abelha melífera, sendo que as atividades previstas no projeto e envolvimento das várias equipas/parceiros podem suscitar soluções ou upgrades para outros problemas do apiário.

As universidades têm aqui também uma excelente oportunidade de dar o seu contributo para a inovação em técnicas de defesa do apiário e aumentar o seu próprio conhecimento.

Os agricultores dado o papel importante das abelhas na polinização das culturas agrícolas, que determina uma maior produção e com maior qualidade.

Por conseguinte a comunidade em geral acaba por ser também beneficiária desta iniciativa, colhendo proveitos ao nível de consumidor, continuando a ter acesso aos produtos diretamente provenientes desta atividade, sendo o mel o principal, e aos produtos indiretamente potenciados pelas abelhas, como seja a polinização de outro tipo de vegetação que, não tendo aproveitamento alimentar, tem elevada importância ecológica. Paralelamente beneficia toda a população, pois reduz-se a presença desta vespa e o aparecimento de ninhos que causam alarme social e medo.

Calendarização

1ª Fase

Maio de 2018

Inventariação de produtores e apiários dos concelhos do Território Douro Verde (Amarante, Baião, Cinfães, Marco de Canaveses, Penafiel e Resende) e também nos concelhos das Terras do Sousa (Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e parte de Penafiel).

2ª Fase

Maio de 2018

Criação de um projeto em ambiente de sistemas de informação geográfica para a caracterização do terreno (altitude, declive, exposição) e ambiental (tipo de uso e ocupação do solo, proximidade às linhas de água) dos locais onde se encontram instalados os apiários e verificação do grau de instalação da Vespa Velutina.

3ª Fase

Junho de 2018

Processo de conceção dos métodos/mecanismos de intervenção para a resolução do problema que constitui a invasão pela Vespa velutina, realizada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que passará pela utilização de armadilhas seletivas para fundadoras, a instalar desde a fase inicial do projeto, colocação dos microchips, monitorização e destruição de ninhos, sendo que no caso dos ninhos secundários a sua destruição será feita pelas entidades competentes, de acordo com o definido nacionalmente.

4ª Fase

Junho de 2018

Modelo de dispersão espacial: os registos georreferenciados dos ninhos, quer primários quer secundários, detetados serão inseridos no sistema de informação geográfica e desenvolvido um modelo de dispersão espacial da Vespa velutina na área circundante aos apiários. Seleção de locais adequados à instalação de apiários em regime de transumância (UTAD).

5ª Fase

Setembro de 2018

Transumância: identificar os apicultores que recorrem ao método da transumância, acompanhar o processo de movimentação das colmeias e cartografar o local para onde as colmeias foram deslocadas. Caracterizar todo o processo quer em termos cronológicos quer em termos de condições morfológicas e ecológicas do local original onde estava instalado o apiário e do local para onde foi mudado na operação de transumância. Monitorizar a presença da Vespa velutina no local original e no local de transumância, conforme referido nas fases anteriores.

6ª Fase

Setembro de 2018

Aplicação dos métodos anteriormente definidos/desenvolvidos (2º ao 4º ano). A implementar pela Apimarão, APFMP – Associação de Produtores Florestais de Montemuro e Paiva e restantes parceiros com atividade apícola ou que acompanham apicultores não associados que venham a integrar a iniciativa, nomeadamente a Dolmen e a Ader-Sousa, sob a supervisão geral da UTAD.

7ª Fase

Outubro de 2018

Avaliação anual e final dos resultados, pela UTAD e Dolmen em colaboração com as restantes instituições.

8ª Fase

Novembro de 2018

Comunicação, divulgação e disseminação de resultados e dos métodos ao longo do
projeto com o objetivo de ajustar procedimentos à realidade diagnosticada e adaptar as ações futuras.
Para o efeito serão elaborados relatórios de progresso anuais e final. Esta atividade fica a cargo da
Dolmen, com a colaboração direta da UTAD e todas as associações envolvidas e ainda a participação
dos apicultores.

Mediateca

Manual de Boas Práticas na destruição de ninhos de Vespa velutina

Plano de Acção para a Vigilância e Controlo da
Vespa velutina em Portugal

Despacho n.º 1147/2019 – Apoio financeiro

Ficha de identificação
Possíveis confusões com outros insectos – I

Ficha de identificação
Possíveis confusões com outros insectos – II

JN – Infografia: Conheça a vespa “assassina” que ameaça Portugal

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